quinta-feira, 30 de abril de 2009

POETA DO SUBÚRBIO




É hora de expressar
O meu recado,

Filho de sofridos,
Cresci como um coitado.

Mas como um guerreiro
Nunca deixei de lutar,
Aprendi, venci,
E fui tentando me encontar.

Caindo e levantando
Enganei o meu destino;
Fui homem de verdade
Na grandeza de um menino.

Criado no subúrbio
Com a pobreza do meu lado!
Preto, pobre,
Poeta e favelado!

Sempre acreditando
Busquei minha verdade,
E nos becos do subúrbio
Adiquiri maturidade.

A cada erro
Um novo aprendizado,
Vivendo e aprendendo
Mesmo sendo humilhado.

A cada cicatriz
Uma medalha escancarada,
Fazendo das mazelas
Uma piada a ser contada!

Hoje tenho orgulho
Dos caminhos já andados;
Sou preto, pobre,
Poeta e favelado!


Eriberto Henrique

Poeta do Subúrbio