terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

TRECHO DO LIVRO GRANDES HOMENS CONSTREM SEU DESTINO QUE FALA DE MINHA VIDA COMO MILITAR

Longe de casa eu ficava flutuando em pensamentos, levando por diversas vezes pela imaginação, que na situação que me encontrava parecia mais sagaz. Nuvens negras infetavam os céus do Haiti, a saudade de minha mãe e de todos que amava só fazia aumentar, o meu desabafo era em poemas, já os dos meus companheiros eram em todos os tipos de roedeiras, lágrimas diante de retratos (fotografias), latas de cerveja, músicas bregas e românticas, jogos eletrônicos e o vício da internet, que parecia nos consumir ou nos distanciar da realidade. Perdidos em um universo onde a fraqueza humana era decoração de abismo profundo, sentíamos sede de sangue e fome carniça.



Calma meus leitores o Haiti não é o pior lugar do mundo, mas está bem perto disso. Uma terra esquecida pela verdade, um ponto do mundo onde o sorriso de uma criança é mais belo que em qualquer lugar, pois diante da miséria se torna raro.

TRECHO DO LIVRINHO CORAÇÃO INFLAMADO

Carmem era como um anjo, desses que Deus coloca em nosso caminho, com a mais doce sabedoria! Uma jovem bela e inteligente, que sabe encontrar nobreza nas pessoas; amante da vida cultivava uma esperança majestosa, que às vezes era esquecida, por injustiças que infelizmente muitos tendem a sofrer. Carmem diferente de Fernando via o amor de uma maneira fria, não se deixava levar por paixões, sendo enérgica com seus sentimentos, que faziam questão de deixá-los reprimidos, talvez por receio de amar ou medo de sofrer. Por ter uma beleza natural e singela, se sentia às vezes não vista pelos homens, que na maioria das vezes, buscam a beleza mecanizada, idolatrada pela mídia e pela televisão.

Eriberto Henrique

Trecho do meu livrinho Lembranças De Um Carnaval

O sol raiou ao som dos clarins naquela manhã! Ruas enfeitadas e muitas pessoas esbanjando fantasias, mostrando que a criatividade pernambucana era magnífica, na radio as músicas de Capiba, Duda, Nelson Ferreira e muitos outros compositores tocavam sem parar; e a vinheta da rádio dizia “Pernambuco falando para o mundo”. Já eu que nem me importava com o carnaval, que para mim era um dia comum; vi no olhar de uma jovem, uma razão para sorrir.


O dia seguia o mesmo ritmo de dias anteriores, e eu não conseguia deixar de pensar em outra coisa a não ser na deusa que tinha visto. Queria saber de onde ela era e o que estava fazendo ali; minha curiosidade era dona dos meus pensamentos e me fazia voar em possibilidades. A tarde anunciou-se preguiçosa, após o almoço fui ao quintal desenhar, e lá estava ela, ainda mais radiante, como uma flor na primavera que a cada raio de sol ganha uma tonalidade diferente.